Mayara Santos e Leonardo - Associação de pais, amigos e autistas
- Israeli Ferreira
- 21 de jun. de 2022
- 2 min de leitura

Mayara Santos, tem 34 anos, esposa de autista, Mãe de duas Filhas, sendo
que uma delas também está dentro do transtorno do espectro autista.
Um pouco de minha história.
Em 2020 Minha filha mais nova, que estava com 4 anos de idade, foi diagnosticada com
TEA (Transtorno do Espectro Autista). Eu como mãe e já trabalhado na área da educação,desconfiava desde 1 ano e nove meses que algo de “estranho” estava acontecendo e já
desconfiava que minha filha poderia ser autista, tendo em vista que já havia trabalhado
com uma criança um aluno autista, foi então que comecei a buscar o que poderia estar
ocorrendo, foram mais de dois anos levando a Neuropediatra e a mesma dizia que minha
filha não tinha nada, que toda criança tinha seu tempo, que era coisa de minha cabeça e
dizia para que parasse de procurar coisas no google, continuei insistindo fazendo exames
para descartar outros possíveis “problemas”, porém já comecei com intervenções
particulares mesmo, pois sabia que caso eu não estivesse certa, mal não iria fazer.
Resolvi então procurar um outro neuropediatra, para ouvir uma segunda opinião, já
estando em mãos com algumas testagens e exames que havia feito por conta, foi quando
veio o diagnóstico, no começo meu marido foi um pouco resistente não acreditava no
diagnóstico, e começou a procurar por um médico que fosse PHD com experiencia mais
voltada ao autismo para ouvir uma terceira opinião e sanar a dúvida.
Fomos encontrar o médico na cidade de Londrina-PR, e quando chegamos ao consultório
e começou o atendimento já veio o laudo, “Sua filha é autista moderada” aquilo foi um
choque pois eu já sabia que era autista porém acreditava que em um nível de menor
suporte (grau leve), foi pedido então pelo médico que começassem as terapias, e para
nossa surpresa o plano de saúde não queria liberar o tanto de terapias que o médico havia
pedido, já estava passando por tratamento mas não bastava precisava de uma carga horária
maior, percebi então que haviam outras mães com o mesmo problema, foi quando chamei
essas mãe e propus colocar os planos de saúde na justiça para podermos ter o tratamento
adequado a nossos filhos, entramos na justiça em 17 mães e começaram a sair as liminares
favoráveis a nós.
A partir daí, as mães começaram a pedir que montássemos uma Associação, e analisando
o que passamos com o plano de saúde pensamos nas famílias dos SUS, então decidimos
aceitar os desafios.
Comecei a estudar e ler muito sobre o assunto, fazer lives com médicos, com autistas
adultos etc. Já sabendo que um dos fatores relacionados ao autismo é genético, comecei
a prestar atenção em certos comportamentos de meu marido ele já com 42 anos de idade,
conversamos muito e ele resolveu procurar por ajuda também e logo veio o diagnóstico
também de autismo, porém com outras comorbidades.
Hoje sou formada em Serviço Social, Pós-graduada em Autismo e Pós-graduanda em
Neuropsicologia Clínica, Saúde Mental, Psicopatologia e atenção Psicossocial e ABA
Análise do comportamento Aplicada.






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