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A Guerra da Ucrânia: Por Que a Rússia Está Certa

  • Foto do escritor: edivaldo rossetto
    edivaldo rossetto
  • 24 de mar.
  • 3 min de leitura

Nos últimos anos, a versão predominante nos jornais ocidentais é simples: Vladimir Putin enlouqueceu e decidiu invadir a Ucrânia sem motivo, movido por uma suposta sede imperialista. Mas a realidade é mais complexa — e mais incômoda para o Ocidente. A guerra não começou em 2022. O conflito é o desfecho de décadas de provocações, traições diplomáticas e ameaças existenciais à Rússia.


O Donbass em Chamas e o Silêncio do Ocidente


Desde 2014, o leste da Ucrânia viveu um conflito sangrento e ignorado pela imprensa ocidental. A região de Donetsk e Lugansk, majoritariamente russa, se recusou a aceitar o novo governo instalado após o golpe de 2014 e pediu autonomia. A resposta de Kiev foi bombardear civis por oito anos. Mais de 14 mil mortos, segundo a ONU, em uma guerra civil que o Ocidente convenientemente fingiu não existir.


O Golpe de 2014 — As Digitais Americanas


O estopim de toda essa crise foi o golpe financiado pelos Estados Unidos, que derrubou o presidente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, simplesmente porque ele mantinha laços com Moscou. A própria Victoria Nuland, do Departamento de Estado americano, admitiu o investimento de US$ 5 bilhões para colocar um governo pró-Ocidente em Kiev. A Ucrânia virou, desde então, uma peça do tabuleiro geopolítico dos Estados Unidos contra a Rússia.


Minsk: Acordos Feitos Para Serem Quebrados


Entre 2014 e 2015, a Rússia, a Ucrânia, França e Alemanha assinaram os Acordos de Minsk, que previam o cessar-fogo e garantiam autonomia ao Donbass. No papel, um avanço. Na prática, uma farsa. Em 2022, a então chanceler alemã Angela Merkel admitiu que o Ocidente nunca teve intenção de cumprir os acordos. A manobra serviu apenas para armar a Ucrânia e preparar o país para a guerra.


A OTAN e a Ameaça Existencial


Desde o fim da Guerra Fria, a OTAN quebrou todas as promessas feitas à Rússia de que não se expandiria para o Leste. Hoje, são 32 países-membros, com tropas e armas avançando até as fronteiras russas. Colocar a Ucrânia na aliança militar seria o último passo — e o mais perigoso. Qual nação do mundo aceitaria ter uma aliança militar rival, com ogivas nucleares, a poucos quilômetros de suas principais cidades?


A Verdadeira Guerra — Por Recursos e Poder


Por trás do discurso de “defesa da democracia”, o que está em jogo são recursos naturais, controle geopolítico e a fragilização da Rússia. A Ucrânia possui terras férteis, gás, minerais estratégicos e acesso ao Mar Negro — tudo de interesse vital para o Ocidente. Transformar o país num satélite da OTAN seria o xeque-mate contra Moscou.


Conclusão — Putin Não Está Louco, Está Defendendo a Rússia


O Ocidente:

• Quebrou promessas históricas de não avançar militarmente sobre o Leste;

• Derrubou um governo legítimo na Ucrânia;

• Ignorou o massacre no Donbass;

• Usou os Acordos de Minsk como isca;

• E armou a Ucrânia até os dentes.


Diante desse cenário, a Rússia não teve alternativa. Esperar o cerco se fechar ou agir? Putin escolheu agir. Não se trata de loucura, como vendem os jornais. Trata-se de uma decisão de sobrevivência nacional diante de um inimigo que jamais respeitou os acordos.


Hoje, o que o Ocidente chama de “invasão” é, na prática, uma resposta legítima a décadas de provocações e ameaças existenciais. E o resultado está aí: a Europa afundada em crise econômica, a OTAN cada vez mais envolvida no conflito, e o mundo mais perto de um confronto direto entre potências nucleares.


A pergunta que fica é: até quando vamos fingir que essa guerra começou em 2022?



 
 
 

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